quinta-feira, 20 de março de 2014

A TERCEIRA MARGEM DO RIO - JOÃO GUIMARÃES ROSA


LEITURA E ANÁLISE DE TEXTO A TERCEIRA MARGEM DO RIO - JOÃO GUIMARÃES ROSA




Vivo no infinito; o momento não conta. Vou lhe revelar um segredo: creio já ter vivido uma vez. Nesta vida também fui brasileiro e me chamava João Guimarães Rosa
Assinatura: Joao Guimaraes Rosa

Quando escrevo, repito o que já vivi antes. E para estas duas vidas, um léxico só não é suficiente. Em outras palavras, gostaria de ser um crocodilo vivendo no rio São Francisco. Gostaria de ser um crocodilo porque amo os grandes rios, pois são profundos como a alma de um homem. Na superfície são muito vivazes e claros, mas nas profundezas são tranquilos e escuros como o sofrimento dos homens.

Guimarães Rosa

Escritor brasileiro
Biografia de Guimarães Rosa:


Guimarães Rosa (1908-1967) foi escritor brasileiro. O romance "Grandes Sertões: Veredas" é sua obra prima. Fez parte do 3º Tempo do Modernismo, caracterizado pelo rompimento com as técnicas tradicionais do romance.

Guimarães Rosa (1908-1967) nasceu em Cordisburgo, pequena cidade do interior de Minas Gerais. Filho de comerciante da região, aí fez seus estudos primários, seguindo em 1918 para Belo Horizonte, para casa de seus avós, onde estudou no Colégio Arnaldo. Cursou Medicina na Universidade de Minas Gerais, formando-se em 1930. Datam dessa fase seus primeiros contos, publicados na revista O Cruzeiro.

Depois de formado foi exercer a profissão em Itaguara, município de Itaúna, onde permaneceu por dois anos. Culto, sabia falar mais de nove idiomas. Em 1932, durante a Revolução Constitucionalista, voltou para Belo Horizonte para servir como médico voluntário da Força Pública. Posteriormente atuou como oficial médico no 9º Batalhão de Infantaria em Barbacena.

Em 1934 vai para o Rio de janeiro, presta concurso para o Itamarati. Obtém o segundo lugar. Em 1936, participou de um concurso ao Prêmio de poesia da Academia Brasileira de Letras, com uma coletânea de contos chamada "Magma", conquistando o primeiro lugar. Mas não publicou a obra. Em 1937, começou a escrever "Sagarana", volume de contos, retratando a paisagem mineira, a vida das fazendas, dos vaqueiros e criadores de gado. Com a obra participa de um concurso mas não é classificado.

Entre os anos de 1938 e 1944, foi nomeado cônsul-adjunto na cidade de Hamburgo, Alemanha. Quando o Brasil rompeu a aliança com a Alemanha, durante a Segunda Guerra, Guimarães foi preso, em 1942 e no ano seguinte foi para Bogotá, como Secretário da Embaixada Brasileira. Em 1945 vai rever os lugares onde passou a infância. Em 1946, depois de refazer a obra, publica "Sagarana". O estilo era absolutamente novo, a paisagem mineira ressurgia viva e colorida. Sucesso de crítica e público, Recebe o Prêmio da Sociedade Felipe d'Oliveira, esgotando-se, num mesmo ano, duas edições.

De 1946 a 1951, reside em Paris. Em 1952, em excursão ao estado de Mato Grosso, conviveu com os vaqueiros do oeste do Brasil, e escreve uma reportagem poética, "Com o Vaqueiro Mariano", publicada no Correio da Manhã. Passados dez anos de sua estréia, Guimarães publica, em 1956, "Corpo de Baile" e "Grandes Sertões: Veredas".

A novela "Corpo de Baile", obra em dois volumes, com 822 páginas, publicada em janeiro de 1956, Guimarães continua a mesma apresentação focada em "Sagarana", mas, agora com arrojadas experiências linguísticas. Em maio do mesmo ano, publica "Grandes Sertões: Veredas", narrativa épica, em seiscentas páginas, onde apresenta o mundo dos jagunços e dos coronéis. A obra causa impacto, pela temática e pela linguagem caboclo-sertaneja.
Guimarães Rosa é promovido a embaixador, em 1958, mas prefere não sair do Brasil, permanece no Rio de janeiro. Em 1963 é eleito para a Academia Brasileira de Letras, somente tomou posse em 1967. Três dias depois de tomar posse, tem um infarto.
João Guimarães Rosa morre no Rio de Janeiro, no dia 19 de novembro de 1967.

Obras de Guimarães Rosa

Sagarana, contos, 1946
Corpo de Baile, novela, 1956
Grandes Sertões: Veredas, romance, 1956
Primeiras Estórias, contos, 1962
Tataméia, contos, 1967
Estas Estórias, contos, 1969
Ave, Palavra, 1970

Estudo do texto (Pesquisa)


1. Principais personagens

O pai, a mãe, o filho (personagem-narrador), a filha e o outro filho.

Observação: o fato de os personagens não terem nome reforça a idéia de
que sua caracterização física e psicológica não é colocada em primeiro
plano. O que prevalece é o referencial dos membros de uma família, uma
vez que são identificados por termos como pai, mãe, etc.

2. Fatos principais

* O pai mandou fazer uma canoa.
* Disse adeus aos familiares e saiu rio afora.
* O pai percorria o rio em ponto eqüidistante das
margens, indo e voltando pelas águas, mas sem sair daquele espaço
próximo à sua casa.
* Parentes, amigos e conhecidos reuniram-se para
tentar entender aquela atitude, fazendo cogitações sobre os possíveis
motivos que o levaram a agir assim.
* O filho mais velho levava para a beira do rio um pouco de comida que pegava escondido.
* A mãe mandou chamar seu irmão para ajudar na fazenda e nos negócios.
* O tempo ia passando e o pai continua no seu percurso de ir e vir, sem aproximar-se das margens.
* A filha casou-se , teve um menino e quis mostrá-lo
ao pai dela, levando-o para a beira do rio e esperando juntamente os
outros familiares.
* A família chamou e esperou; o pai não apareceu e todos choraram.
* A filha mudou-se com o marido e o filho.
* O irmão mais novo resolveu ir para a cidade.
* A mãe, envelhecida, foi residir com a filha.
* O filho envelhecera e sofria os primeiros problemas da velhice.
* O filho foi para a beira do rio e acenou com um lenço.
* Avistou o pai e chamou por ele, propondo tomar o seu lgar na canoa.
* O pai ouviu, ficou de pé e fez um aceno, concordando.
* Ele fez a canoa rumar para o local onde estava o filho.
* Quando o filho viu o pai se aproximar, apavorou-se e correu dali.
* O filho adoeceu.

3. Clímax

O clímax do conto concentra toda a carga emocional que vai se
acumulando ao longo da narrativa; é o momento que o pai, depois de
tantos e tantos anos, faz um aceno para o filho quando ele se propõe a
tomar seu lugar na canoa. Durante toda a história, todos esperavam
qualquer comunicação com o pai, o que nunca ocorreu até esse momento
específico da sequência narrativa.

4. O desfecho

O desfecho é profundamente triste: o filho corre do pai e,
consequentemente, dos sofrimentos que teria de passar, caso tomasse seu
lugar na canoa. Essa atitude traz ao personagem um sentimento de culpa
e de completo fracasso. Resta-lhe somente a experiência da morte
iminente.


Versão dramatizada  pesquisada no you tube


APÓS O ESTUDO DO TEXTO...


A EE PROF.JOSÉ AUGUSTO DE OLIVEIRA VAI AO TEATRO MUNICIPAL...
PEÇA - A TERCEIRA MARGEM DO RIO
(fotos publicadas com prévia autorização dos pais no ato da matrícula)





quarta-feira, 5 de março de 2014

POEMA- ALÉM DA IMAGINAÇÃO - 1ºANO


ESTUDO DO TEXTO

POEMA - ALÉM DA IMAGINAÇÃO
ULISSES TAVARES

            ALÉM DA IMAGINAÇÃO!

O urubu espera a morte da criança por fome. A que sonhos essa criança teve direito? Como somos egoístas, sempre estamos atormentados por nossos pequenos problemas e esquecemos que há pessoas que sofrem de verdade. Talvez tenhamos ficado como esse urubu da foto: a morte e o sofrimento não mais nos comovem. Saibamos agradecer pelo muito que recebemos e juntemos as nossas mãos para ajudar os que precisam de socorro, até para as necessidades mais simples!! O poemaAlém da imaginação, de Ulisses Tavares (Viva a poesia. São Paulo: Saraiva), parece traduzir o como são esquecidas as pessoas que sofrem de verdade:

Além da imaginação
 Tem gente passando fome.
E não é a fome que você imagina
entre uma refeição e outra.
Tem gente sentindo frio.
E não é o frio que você imagina
entre o chuveiro e a toalha.
Tem gente muito doente.
E não é a doença que você imagina
entre a receita e a aspirina.
Tem gente sem esperança.
E não é o desalento que você imagina
entre o pesadelo e o despertar.
Tem gente pelos cantos.
E não são os cantos que você imagina
entre o passeio e a casa.
Tem gente sem dinheiro.
E não é a falta que você imagina
entre o presente e a mesada.
Tem gente pedindo ajuda.
E não é aquela que você imagina
entre a escola e a novela.
Tem gente que existe e parece
imaginação
.





APÓS LEITURA E ESTUDO DO POEMA...
PRODUÇÃO DE ARTIGO DE OPINIÃO SOBRE O TEMA"DESIGUALDADE SOCIAL"
SOBRE ARTIGO DE OPINIÃO...

ESQUEMA-SÍNTESE
TÍTULO: geralmente uma frase que chame a atenção do leitor

INTRODUÇÃO: apresentação da polêmica, mais o seu ponto de vista em relação a ela.

DESENVOLVIMENTO:
-1ºPARÁGRAFO: Argumentação que sustente o seu ponto de vista.
-2ºPARÁGRAFO: Mostrar a opinião que opositores ao seu ponto de vista têm em relação à polêmica.
-3ºPARÁGRAFO: contestar e criticar a opinião dos opositores

CONCLUSÃO: Reafirmar o seu ponto de vista em relação à polêmica.

Problemas sociais


   No atual mundo onde vivemos, há muitos problemas sociais como; pessoas desempregadas e sem dinheiro, pessoas com problemas relacionados ao álcool, às drogas e que acabam até mesmo vivendo nas ruas.
   Muitos ficam pelas ruas, necessitam de ajuda e nem sempre querem ser ajudados por causa da dependência química e do vício.
   Esses problemas são difíceis de serem resolvidos, já que a dependência muitas vezes afasta o indivíduo de sua família, dificultando ainda mais o auxílio com tratamento.
   Nossos governantes poderiam ajudar mais, oferecendo empregos, tratamentos e também cuidando mais das famílias mais carentes. Cuidar da saúde pública, investir mais em moradias poderia também diminuir esses problemas sociais.
   O jovem poderia se cuidar mais, evitar o uso das drogas, o consumo do álcool e outras substâncias que tanto prejudicam sua saúde.
   Enfim, as pessoas precisam melhorar muito para melhorar o mundo e consertar os vários problemas que atormentam nosso cotidiano.


(Letícia Luricy 1º E)


Sobre o poema “Além da imaginação” – Ulisses Tavares

Tema – Desigualdade social

A função da mídia contra a desigualdade social

Quem nunca os viu? Indo de casa ao trabalho, à escola ou retornando de um caloroso sábado de compras é improvável que você não tenha encontrado com mendigos. Jogados à própria sorte nas calçadas, deitados em papelões ou sentados nos mesmos, mal vestidos, sujos, raquíticos, ora com corpos esticados, ora reprimidos com a cabeça baixa. Protegendo-se do sol, do frio... ou seria da discriminação dos que caminham fingindo não notá-los? Ainda que não saibamos o que de fato os levou a tão deprimente estado, já tarda o momento de nos reconhecer como atuantes da sociedade e, portanto, lutamos contra tamanha desigualdade. Como?  -Conscientização.
Não basta atirar-lhes moedas, saciar-lhes por um instante ou abrigar-lhes em albergues por uma noite. O dinheiro acaba, a fome retorna, e após a noite vem o dia... O inegável é que os mendigos, além de tudo, são vítimas do preconceito. Justificável, uma vez que, como seres humanos, possuímos o péssimo hábito de evitarmos, temermos tudo o que nos é diferente, ainda que o ser diferente seja tão igual a nós...
Nada influencia mais que a mídia, observemos o grupo G.L.B.T. que há poucos anos atrás, gays, lésbicas,bissexuais e transgêneros eram reprimidos pela sociedade, tratados como verdadeiras “aberrações”, submetidos a todo e qualquer preconceito. Após a intervenção da mídia, muita coisa mudou. A batalha ainda não foi totalmente vencida, mas pouco a pouco “cai abaixo” o muro da indiferença.
O trabalho com os desabrigados é o mesmo e campanhas promovidas pela mídia deveriam conscientizar a sociedade, fazendo com que esses sejam enxergados como seres humanos capazes de mudar seus destinos. Com o apoio do governo e da sociedade, nossos “próximos” podem reconstruir suas vidas. É muito mais fácil quando se tem apoio, então, a conscientização é o primeiro passo...


 (Guilherme Sanches -1ºD)

Desigualdade social

   Homens e mulheres jogados pelos cantos, crianças passando frio e fome, sofrendo preconceito de pessoas de outra classe social... Hoje em dia, é cada vez mais comuns nos depararmos com essa situação.
   Se você reparar bem, consegue perceber que a maioria das pessoas que moram nas ruas é negra e com poucas oportunidades no trabalho, isso porque quem poderia ajudá-los ignora a situação.
  A maioria das pessoas que têm condições de ajudar, acha que é perda de tempo, e acabam por não “estender a mão”,nem ao menos perguntam qual o motivo pelo qual foram parar na rua, nem sequer lhe oferecem algo para comer, para se cobrir ou simplesmente nem lhe dirigem a palavra...
   Há algumas instituições e poucas pessoas de boa vontade que fazem campanha do agasalho, distribuem um prato de sopa quente durante a noite e outras coisas que não bastam para melhorar a vida dessas pessoas tão sofridas. Essas pessoas necessitam de um lar, empregos, escola, tratamento para superar os problemas que são muitos.
   Uma mão estendida pode significar a esperança de uma nova vida, e se cada um fizesse a sua parte, quem sabe não teríamos uma sociedade menos desigual e um mundo melhor para se viver.


(Kauany Carrero – 1ºD)


segunda-feira, 3 de março de 2014

SOBRE VERBOS...

Verbos- REVISÃO RÁPIDA E DIVERTIDA...


Verbo - definição: O que é e para que serve

CONJUGAÇÃO VERBAL


  • Definição

  • Podemos entender o verbo como o elemento que, dentro de uma frase, permite àquele que fala ou escreve situar eventos no tempo com relação ao momento em que seu discurso está sendo produzido.
    De uma maneira geral, verbos exprimem ações, mas muitos deles também permitem manifestar sentimentos, sensações, estados e fenômenos naturais. É próprio de umverbo evocar um processo, isto é, o desenrolar de eventos para os quais podemos identificar seu início e fim.

    1. Tempos do Indicativo

    Presente - Expressa um fato atual.
    Por exemplo:

    Eu estudo neste colégio.
    Pretérito Imperfeito - Expressa um fato ocorrido num momento anterior ao atual, mas que não foi completamente terminado.
    Por exemplo:


    Ele estudava as lições quando foi interrompido.

    Pretérito Perfeito- Expressa um fato ocorrido num momento anterior ao atual e que foi totalmente terminado.
    Por exemplo:
    Ele estudou as lições ontem à noite.


    Pretérito-Mais-Que-Perfeito - Expressa um fato ocorrido antes de outro fato já terminado.
    Por exemplo:


    Ele já estudara as lições quando os amigos chegaram.

    Futuro do Presente  - Enuncia um fato que deve ocorrer num tempo vindouro com relação ao momento atual.
    Por exemplo: 
    Ele estudará as lições amanhã.
    terminado o teste.
    Futuro do PretéritoEnuncia um fato que pode ocorrer posteriormente a um determinado fato passado.
    Por exemplo:
    Se eu tivesse dinheiro, viajaria nas férias.